Em novembro de 2025, Belém (PA) se preparou para receber a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP30).
O encontro, realizado anualmente, reúne líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil com o objetivo de discutir soluções e compromissos para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Com essa mobilização, a capital paraense se transformou em um grande palco de conscientização ambiental.
Os princípios debatidos na conferência, como educação ambiental, sustentabilidade e responsabilidade coletiva, ganharam mais destaque e passaram a inspirar práticas cotidianas em diversos setores, incluindo a educação.
Em todo o país, escolas têm buscado desenvolver iniciativas que despertem em crianças e jovens o senso de pertencimento e de cuidado com o meio ambiente.
Para Luana Colares, coordenadora pedagógica da Escola SIEC-Cirandinha, de Belém (PA), escola parceira da Rede Pitágoras, a COP30 oferece um ponto de partida para o fortalecimento da consciência ambiental nas instituições de ensino.
“A escola pode incorporar esses princípios ao promover práticas que despertem nas crianças o senso de pertencimento e de cuidado com o planeta.Assim, desde cedo, os alunos aprendem que pequenas atitudes — como reduzir o consumo, reaproveitar materiais e preservar o ambiente escolar — refletem os compromissos globais assumidos na conferência”, afirma.
Para a coordenadora, a educação tem um papel essencial e transformador nesse processo.
“Nos próximos anos, a escola deve se firmar como espaço de reflexão, ação e mudança de atitudes, ajudando as novas gerações a compreenderem que o enfrentamento da crise climática depende de conhecimento, empatia e colaboração”, reforça Luana.
A educadora conclui lembrando que educar para a sustentabilidade é educar para a vida.
“Cada gesto, projeto e diálogo em sala de aula contribui para a construção de um mundo mais equilibrado e justo. O compromisso começa dentro da escola, mas se estende para as famílias e a comunidade. Assim, cumprimos nossa missão de formar alunos conscientes, solidários e protagonistas de um futuro melhor”, finaliza.
Quatro atividades escolares para fomentar a responsabilidade ambiental
Para tornar o aprendizado mais significativo e estimular a responsabilidade ambiental, Luana sugere transformar os temas em projetos e vivências concretas.
Algumas ideias incluem:
1- Criar hortas escolares e jardins sustentáveis com os alunos: essa atividade ensina o ciclo da natureza e o cuidado com os alimentos;
2- Implementar campanhas de conscientização sobre o uso racional da água e da energia, com a participação dos estudantes;
3- Realizar atividades de reciclagem e reutilização de materiais, com a criação de brinquedos, maquetes e obras de arte;
4- Promover feiras e mostras ambientais, nas quais os alunos possam apresentar soluções criativas inspiradas nas discussões da COP30.
FOTO : Freepik
FONTE: Observatório do terceiro setor